ENCONTROS E DESPEDIDAS
Por onde anda o sorriso
Apagado que a vida levou?
As palavras cortam mais
Do que as espadas,
E o amor-perfeito desaparece
Como água,
E a dor surge na longa
Caminhada!
As sementes dos sentimentos
Nascem recolhidas,
O que era prazer tornam-se
Em feridas.
Angustiada deita os olhos
Nas ondas dos desamores,
E abrem-se muros de intrigas
E desafetos.
O corpo desfalecido vinga
Do apetite desenfreado,
A cortina da lucidez lembra
Do seu passado,
Não há mais camas de plumas
Nem travesseiros empedrados.
O medo e a estupidez
É o retrato do mal falado!
Apareceram as linhas
Em teu rosto,
Os detalhes das rugas
Convidam para o namoro,
Apruma sobre os braços
Lânguido e afoito,
Encontram-se mais de perto
Despedem-se um do outro!