NÃO PERCEBEMOS.
Não percebemos o quanto
A vida é vazia, frívola,
Sem sentido.
Mas na maioria das vezes
Algo nos move,
Nos apegando seja com que for.
Não percebemos quanto a vida é fútil, incoerente,
E nos apegamos com que
Ela nos oferece,
Dentro do nosso universo.
Não percebemos o quanto
A vida é devoluta, destituída
De alguma coisa que ignoramos.
Tem instantes que a vida fica
Ligeiramente indizível,
Incompreensível,
Mas o toque da sobrevivência retorna
Ao senso comum
E a vida é preenchida
De alegria, uma anestesia
Necessária nessa
Caminhada do existir.