Novo novo?
Mas o cotidiano mudou?
Só na direção ao fim
A exploração ainda aí
As pessoas continuam invisíveis
A violência contra a mulher, pública
A pele alvo, atingida
A velha política, ativa
O super juiz, desmoronado
Emprego, esquecido
O lucro do banqueiro, garantido
Assim como o do político
A vacina, acesso restrito
Afinal, por aqui
Saúde é coisa de rico!
Que "novo normal" é esse que não enxergo?
Nem empatia, nem lamento
Mas a dor continua no peito
Daquele que, nem respirar, tem direto
Mas poeta, só defeito?
Não, claro que não!
Ainda há esperança!
Como, por exemplo, no concreto quebrado pelo padre
Mas o alvo,
O objetivo,
É quebrar
O concreto do peito!