Empatia
Sinto-me hoje tão “perdido” quanto em minha infância.
Com uma diferença...
Preciso fingir a segurança que nunca tive.
Não importa.
Sei que não se trata de um privilégio meu.
Viver é (in)seguro.
A existência é (in)segura.
Somos todos assim.
Por mais megalômanos ou despretensiosos que sejamos...
Por mais que tenhamos alcançado nossos “pueris” ou “varonis” desejos...
Resta-nos a (dú)vida sob(re) nossas escolhas; principalmente, sob(re) quem somos ou quem sejam.
Não sou e não pretendo ser existencialista.
Assim, me permito crer que para além, ou mesmo aquém, de nossos atos,
situa-se uma força que nos reprime (,) ou impulsiona.
Encontramo-nos, ao meu ver, neste Universo vivo, entre a instabilidade do universo caótico de nossas emoções e a beleza oculta da trivialidade.
Talvez seja preciso fechar os olhos para se ver a substância das coisas.
O mal, pode revelar-se o bem.
A dor, pode ser a rogada cura.
Afastemos a distinção semântica.
Deixemos partir nossas prévias concepções.
O (A)amor precisa revelar-se uno!
Ipatinga, 21 de janeiro de 2023.