Identidade

Olhando sóbria para todos os meus ângulos

Me percebo

Me repudio.

Seguro meu próprio braço

Me impeço.

Seguro minha face entre os dedos

Me seduzo.

Sou o que sou.

Abro meus lábios quentes

Me paraliso.

Fito as duas órbitas negras dadas por meus pais

Vejo a vastidão

O meu pedaço

A minha identidade...

Me corpo então se curva,

Quase que como num cortejo.

Me rendo

Cedo a mim mesma

Em um ósculo sublime.

- Poesia publicada na revista literária Kyrial - PUC Campinas, 2018.

Letícia Souza de Oliveira
Enviado por Letícia Souza de Oliveira em 19/01/2023
Código do texto: T7699142
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.