Do dia para a noite.
Como um céu estrelado
Coberto por pontos entrelaçados
Era-se feito o teu brilho
Coberto e completo por um sorriso
Era o sol da meia-noite
A lua e o pernoite
O lírio e o campo
O canto e o encanto
A paz para a agonia
O manso que trazia harmonia
Como pode a rosa
Ser o cravo à espinhosa?
Certamente, donde jaz a iniquidade
Pode-se surgir traços de bondade?
Donde reside a desonestidade
Pode-se existir rastros de verdade?
Jamais ouve
Viu ou coube
Ser, qual possa viver
Sentindo o peso do morrer.