E quem poderá julgar?

E se olharmos bem

parece que a fumaça se desfez;

Havia fogo,

e queimou até a exaustão!

Quem poderá saber o quanto ardeu?...

Quem poderá julgar?...

Inquiridos fomos!

E no meio da multidão,

todos parecemos iguais;

De baixo, miramos os que nos julgaram.

Não temos mais tempo para olhares,

os tronos descerão aos nossos pés

enquanto a chuva abranda os tempos idos.