DARK E LIGHT
DARK E LIGHT
Do vácuo profundo, sem eira nem beira, tudo em dormência,
Explosão de luz, o big-bang, ilustre desconhecido, que pensamos conhecer,
Da matéria à antimatéria, eclode o mundo quase que soturno,
Dá-se à luz, pela cromosfera que nos inunda de fótons,
Sol e Lua se revezam no Dark e Light, o quase am/pm astral,
Meio zigoto da madre e do padre, ainda na parte dark da vida,
Outra explosão, de magnitudes comensuráveis, mas, não menos importante,
Big-bang acontece após a abertura da madre, a luz se dá novamente,
O fenômeno do micro se multiplica, como no macrocosmo,
Pensamentos, alguns em sepulcral escuridão, outros vem brindar na luz,
Uma junção indissociável entre a luz e a escuridão, Yin/Yang,
Ambos irão nos provocar mudanças, mas, ninguém é o decaído,
Precisamos da escuridão para ver melhor a luz, a das estrelas,
Nem sempre enxergamos com luxes e candelas às centenas,
A escuridão nos permite enxergar, uma questão de tempo,
Einstein em sua luz criativa demonstrou em lousa negra,
Nem sempre a luz nos traz bons agouros,
Mulher de Ló, a escuridão da morte pela luz intensa,
Hiroshima e Nagasaki, uma estupenda luz que trouxe as trevas,
O eclipse, uma trama transitória e, bem elaborada entre luz e sombras,
Nossa infância, o que nos ensina os lampirídeos e sua beleza?
A luz deles só será apreciada na escuridão, não se trata de paradoxo,
Singra a luz o mar de plasma na escuridão do espaço,
Até mesmo vemos luzes de corpos que não mais existem,
Conluio de existência pacífica entre os opostos, mas, não rivais,
Chega-se à conclusão de que um tende a completar o outro,
No prisma a luz se revela como um espectro como no arco-íris,
O negro ao ser dissociado também apresenta tais detalhamentos,
À noite e o dia, um ciclo perpétuo, antes mesmos de nós,
A luz e a escuridão serão então, do mesmo lugar no firmamento?