Axioma Targueada

Em cada pausa existe um encontro

Mencionado por Caronte e Hermes

Um escândalo escondido por máquinas

É só a civilização pesando seis séculos de eco

Sabores artificiais em frutas póstumas

Há pretensão de ser entre flores

Não há discrição nas falas embriagadas

Varrendo os olhares neutros de voyeurs

Deus hoje é uma imagem

Sua interpretação é um espetáculo a parte

Seu capital gira acúmulos e químicas dissonantes

Cada leitura de versículos infunda um novo símbolo

Inúmeras virtudes, músculo de abóbora

Até a meia noite, tardará o encanto

Urge uma técnica que mescle a especulação e a vigília

Para fora dos púlpitos, para fora da indústria

A ideia de futuro extrai a vigilância

Logomarcas bisbilhotam todos os afetos

E decidem em mesas redondas

Qual peça da realidade será rubricada

Reconhecer o comportamento

Para emula-lo em buscas bélicas

A guerrilha troca significados e narrativas

Para a desvalorização do trabalhador

Direcionar países imaginários

Inflacionar vínculos à imagens amalgamadas

Ecos uns dos outros desbravando a possibilidade

De se desvincular da ciranda digital

Torrente de termos técnicos,

Dados coletados como anjos caídos

Cooptar a temperatura oscilante e sui generis

E assim, antever tendências...