Ser sem jeito
Toda noite me deparo com a solidão de ser gente
Aquela agonia danada de companhia
De barulho
E quando tô junto aí que fica medonho
Quero de novo ficar só
Eita desejo sem jeito
Que desajeita até o mais finos do sujeito
Se pudesse traduzir o que quero
Iria querer de novo o enigma
Toda noite me deito comigo
Olho nos olhos e lá fundo
Não tem nada
Paz? Solidão? Mal acompanhada?
Fecho os olhos e esqueço
Que toda noite é um dia pelo avesso