Questões da alma
Parece que por toda minha existência
Vivi para agradar a outrem
Fazendo uma rápida análise
Talvez faltasse coragem.
Pessoas vem e vão
Como multidão no calçadão
Transeuntes desavisados
Compenetrados em seus afazeres.
Todos passam e eu sentado
As vezes sorrindo, as vezes calado
Com um rumo desconfigurado
Traço planos imaginários
Nada faz sentido?
Então tá tudo bem
Porque sentido mesmo
Nada tem.
Por hora já chega de esperar
Preciso voltar a caminhar
Em meio aos transeuntes circular
Até que eu possa acordar.