A internet matou a arte

A internet assassinou a arte,

deixou em seu caixão o resto,

largou suas flores do fim

no funeral da criatividade.

A internet negando o ócio,

promove o neoliberalismo,

estamos sumindo como pó,

e a revolta se tornando pop.

Tudo é toda uma mesmice,

não tem algo surpreendente,

velamos um passado familiar,

num eterno retro futurístico.

De passado os museus vivem,

mas a sociedade também.

Queremos agora um novo lar,

só que lá… não há ninguém.

Nosso consumismo nos matou,

urubus consumiram o cadáver,

o dinheiro fede como decomposição:

a carniça do trabalho nos sobrou.

‘’Voltemos ao passado, lá há vida’’ (diz o retrógrado)

lá há injustiça, lá também há peste…

mas pelo menos sem tanto tempo

para se perder na internet.

Reirazinho
Enviado por Reirazinho em 17/12/2022
Código do texto: T7673991
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