SEM ESPERA
Vai carregando consigo, entre perigos e alívios,
Como sinuoso e constante curso de um rio,
Vai sem esperar ninguém e sem pedir nada em troca,
Independente se o teto for de tom anil, ou se estiver em uma toca,
Vai com força voraz, e sequer espera,
Mesmo que em alguns momentos pareça parado,
Tornando atrasado quem por ele espera...
O tempo incorpóreo que envolve as teias da mente,
E não mente, mas nem sempre revela as verdades,
Ele nos ensina abandonar vaidades,
Ele sempre existiu e nunca envelheceu,
E de tudo que ele nos apresenta,
Existe uma coisa que nenhum de nós aprendeu,
O que fazer na hora de um adeus?
Pois ele vai carregando tudo consigo, entre perigos e alívios,
Como sinuoso e constante curso de um rio,
Vai sem esperar ninguém e sem pedir nada em troca,
E em cada despedida, nos resta morder a vida e continuar...
Para que amanhã o tempo perdido,
São seja um fardo escolhido,
De quem teve medo de viver, sem perceber que poderia se atrasar.