A ressurreição da destruição.
Eu busco a cor do universo, desejo encontrar o azul do mar, a tonalidade do infinito, sonho ser o tamanho do cosmo.
A coloração da reconstituição.
Gostaria de encontrar o princípio do fundamento, a origem da incausalidade, a cognição dialeticizada do tempo passado, o futuro da imaginação esgotada.
Então perguntaria qual o significado da anti origem, como a imaterialidade transformou-se em causa, o efeito, a evolução do princípio.
A metafísica o fundamento do nada, o estar aqui como ondulação da esperança, como se a escuridão fosse a luz.
Existem milhares de segredos, os quais não poderão ser revelados, tão somente a sapiência poderá entendê-los.
Intuições metaforizadas, epistemologias assertóricas, o éskhatos das nossas fantasias.
Entretanto, posso lhes revelar um deles, a interminável repetência da anti causa, composta pelo mecanismo da destruição, o renascimento da matéria continuamente, objetivando seu término.
A fortiori a destinação da anti causa.
É deste modo, o princípio da incausalidade, o resto poeira química, a velha pastagem e um amontado de gado.
De onde vem então, a linguagem, condicionamento da aprendizagem, como produto do habitat, tal qual a necessidade.
Entretanto, a fala não reconhece a cor escura sobreposta a energia solar, muito menos a infinitude do universo, os sinais da imaginação.
O que devemos ser, nosso não ser, o solo frio e vermelho, esperando pela passagem da energia de hidrogênio.
O resto tão somente frio, escuro e desértico, a nossa alma presa naquela imensidão de gelo.
O tempo é outro, a esperança fruiu, o que sobrou de tudo isso? O recomeço da destruição, exatamente deste modo, a ressurreição do princípio.
Edjar Dias de Vasconcelos.