A ressurreição da destruição.

Eu busco a cor do universo, desejo encontrar o azul do mar, a tonalidade do infinito, sonho ser o tamanho do cosmo.

A coloração da reconstituição.

Gostaria de encontrar o princípio do fundamento, a origem da incausalidade, a cognição dialeticizada do tempo passado, o futuro da imaginação esgotada.

Então perguntaria qual o significado da anti origem, como a imaterialidade transformou-se em causa, o efeito, a evolução do princípio.

A metafísica o fundamento do nada, o estar aqui como ondulação da esperança, como se a escuridão fosse a luz.

Existem milhares de segredos, os quais não poderão ser revelados, tão somente a sapiência poderá entendê-los.

Intuições metaforizadas, epistemologias assertóricas, o éskhatos das nossas fantasias.

Entretanto, posso lhes revelar um deles, a interminável repetência da anti causa, composta pelo mecanismo da destruição, o renascimento da matéria continuamente, objetivando seu término.

A fortiori a destinação da anti causa.

É deste modo, o princípio da incausalidade, o resto poeira química, a velha pastagem e um amontado de gado.

De onde vem então, a linguagem, condicionamento da aprendizagem, como produto do habitat, tal qual a necessidade.

Entretanto, a fala não reconhece a cor escura sobreposta a energia solar, muito menos a infinitude do universo, os sinais da imaginação.

O que devemos ser, nosso não ser, o solo frio e vermelho, esperando pela passagem da energia de hidrogênio.

O resto tão somente frio, escuro e desértico, a nossa alma presa naquela imensidão de gelo.

O tempo é outro, a esperança fruiu, o que sobrou de tudo isso? O recomeço da destruição, exatamente deste modo, a ressurreição do princípio.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 13/12/2022
Reeditado em 13/12/2022
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