SUPEREGOPIEGUICES - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros
SUPEREGOPIEGUICES - Luiz Poeta - Luiz Gilberto de Barros.
Centralizar concepções em superegos,
impondo regras arbitrárias ao leitor,
é imaginar que cada interlocutor
nunca consegue desatar os nós mais cegos.
Esses e erres são apenas fragmentos
dessas retóricas que são tão discursivas
parecem meras pregações inexpressivas
de inexpressivas narrações e pensamentos.
A oratória impregnada de arcaísmos
lança sementes nas rochas da ignorância,
que não germinam, porque sua irrelevância
... é relevante para vãos egocentrismos..
Há quem se blinde de armaduras culturais,
brandindo espadas e escudando-se em leituras
citando máximas, modelando esculturas
obsoletas e eruditas... nada mais.
Usam paráfrases, paródias, ironias
maquiavélicas, como quem falsifica
as telas clássicas, manchando com... titica...
matérias primas, com uma crassa ideologia.
O black-tie e a calça jeans nunca combinam,
é como ouvir as silabadas do orador
e a aneufonia, que faz do interlocutor,
trôpego ouvinte ante tons que desafinam.
Que a Flor do Lácio não se torne a verborreia
e a paranoia intelectualoide
de quem entenda que o leitor é um debiloide
que não consegue exprimir uma ideia.
E que nem seja o resquício do que sobra
do que degluta o estudioso contumaz
que faz do púlpito, a privada, nada mais,
valorizando o velho odor da própria obra.
Que se escreva e que se leia... e se respeite !
...o que exprima algum leigo escritor
principalmente quando faz do seu amor
a mais sensível expressão que o deleite.
Alguém já disse " elogiar-se é vitupério"...
... principalmente quando dito com eloquência,
não é assim que se conquista a excelência,
e me pergunto: -Existe só um hemisfério ?
...
Às 12h do dia 8 de dezembro de 2022 do Rio de Janeiro
Registrado e Publicado no Recanto das Letras