Recordações indeléveis das vossas loucuras.

Recordo do caminho, daquela tarde, o sol estava quente, a sombra foi provocada por uma enorme árvore.

Naquele tempo o olhar perplexo perdido na imaginação esquecida, não existia outro meio, o medo era maior que a morte, o destino formatava a fantasia das utopias.

Solitariamente olhava a cor do infinito, o tamanho do cosmo, o que seria então a única possibilidade, a escuridão era branca, os olhos não enxergavam o silêncio do sono.

Um pouco de sorte, o esforço contínuo, entretanto, a imensidão do tempo, o resto as ideologias sustentadoras da identidade.

Todavia, pensava na magnitude da existência, no entanto, uma grande bobagem, quanto a mim eu pergunta a os sinais metafísicos, qual o verdadeiro motivo de tudo isso.

Queria apenas compreender o motivo do por quê do vácuo, a razão da anti matéria, transformar-se em substancialidade, procurei deste modo, tardiamente, refletir o fundamento da incausalidade, tudo se repetindo na destruição.

Quando alguém perguntou se sonhava a respeito da linguagem, como se o mundo fosse a alma, qual então o substrato do futuro.

As recordações não eram válidas, o vácuo interminável, no início frio, escuro e desértico, qual é o verdadeiro sentido de tudo isso aqui, debaixo destas proposições não recomendáveis.

Fascinante o nascimento destes múltiplos universos mediados pela energia de hidrogênio, haveria algum motivo para o recomeço, todavia, o entendimento sempre foi enganoso.

A imaterialidade o fundamento substancial da eterna reconstrução, como se tudo fosse determinado por uma força metafisicada.

A permanente evolução para a destruição, sendo o fim teleológico, a substancialidade permanente.

Até quando o sol vai brilhar, as estrelas continuarão acesas, nesse tempo a infinitude será colorida.

Uma voz guardada na linguagem solta a cognição, antes da origem de todas as coisas, então pensava no esplendor do indelével sorriso perplexo ao desejo de ser aquilo que não poderia ser.

O último momento do entendimento melancólico da doçura dos seus lábios, a fortiori, a escuridão transformando-se em luz, cujo objetivo, o não entendimento do tempo como modificação do espaço.

A sonolência das proposições, as células quânticas, a contemplação das insignificações, o espelho sobreposto ao rosto produzindo a face preposta.

Chegará um instante em que o tempo não existirá, tudo será como sempre foi na origem do princípio, frio, escuro e desértico.

O universo tenebroso, todavia, o sono será eterno.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 08/12/2022
Reeditado em 08/12/2022
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