O hidrogênio como brilho dos vossos olhos.
Se pudesse caminhar pelas as ruas daquela cidade, se escutasse no infinito um grande trovão, saberia entender o cor do universo.
O movimento dialético das nuvens, o sentido metafísico do vosso olhar, o apofântico mundo das proposições.
Heurística é a hermenêutica preferida dos sonhos, a peremptoriedade do vosso encanto, o sorriso da sua alma apodítica.
A hilética propositiva do nosso substrato.
Iria poder decifrar a luz de hidrogênio, o brilho do sorriso da menina preferida, entenderia a razão do entardecer, o motivo pelo qual a madrugada contém o despertar da sonolência.
Se voltasse andar pelas calçadas da cidade escolhida, enxergaria o vosso cabelo bonito, a cor da sua pele, o silêncio desencadeado pela sua cognição.
Então, chegaria bem perto de ti, sopraria em seus ouvidos, revelaria o meu Éskhatos, cantaria para a sua pessoa, a mais linda canção.
Transubstanciaria o meu ser em seu ser, ofertaria a você o encantamento da minha ternura, revelaria o meu grande segredo, pediria para você ser o fundamento da minha existência.
Tudo porque ti amo.
Com efeito, daria a vossa pessoa, o saboroso beijo apolínio, com sapiência assertórica, conquistaria o seu coração.
Ainda diria no silêncio da vossa episteme, a etimologização, a sua pessoa compreenderia a minha hermenêutica.
O meu desejo indelével de ser o vosso substrato, esperaria a noite chegar olhando para o céu, vendo as estrelas bailando, construiria o paraíso para a sua celestialidade.
Esperava a vossa pessoa passar pelas as ruas daquela cidade, para poder sonhar o esplendor do seu encantamento, você iria refletir os sinais dos meus lábios, a doçura inefável do meu grande sonho.
Simplesmente o meu templo sagrado, a sua intimidade minha oração contínua, a essência da minha contemplação.
Edjar Dias de Vasconcelos.