É dos processos de reflexão

que resultam as teorias da vida...

Por isso penso que é preciso olhar

como se estivesse olhando pela primeira vez...

Como se estivesse contemplando a estranheza, o extraordinário.

E alumbrando-se com a concretude do real

que está por detrás da realidade que se vê.

 

É preciso olhar assim, com esse Olhar de Espanto,

que “ilumina” a realidade...

esse “outro olhar” que olha e desvela a alma.

 

Ir tirando o véu, com um olhar

que supera a racionalidade imediata.

Descobrir o que existe dentro da realidade

alva e algodoada que descansa nas calçadas da vida.

 

Por isso é preciso olhar como se fosse o primeiro olhar...

para não se contentar sempre com as respostas superficiais

e não esquecer de fazer todas as perguntas,

formular e fundamentar todos e outros argumentos.

 

Olhar como se estivesse olhando pela primeira vez,

para encontrar espaços para viver experiências

que ultrapassem os limites do tempo,

espaços que desvelem todas as dimensões do ser...

 

Porque é isso que dá forças para que as mudanças aconteçam.

É preciso olhar para querer conhecer de forma mais intensa...

perceber o desconhecido que se apresenta...

ter o espírito aberto para conhecer mais, muito mais

além do que o olhar cotidiano, nas janelas da vida, pode ver..