Dignidade

A roupa surrada , talvez a única...

A barba para o fazer, a lâmina que falta...

O corpo magro, ausência da comida.

Olho em seu olhar vejo a fartura

Da dignidade absoluta

Pouco sei de sua luta.

Meu coração se enche de tanta beleza de alma

Seus apetrechos e sua existência na calçada

Nada pede ou rouba...

Eu a cada olhar de minha pobreza ainda,

Sustento minha alma...

Vestido em pobres trajes enxergo sua nobreza

Só assim posso me enxergar rica!