A liberdade
Ouvem-se gritos de liberdade,
São prelúdios de novos tempos,
Ou apenas velhos tormentos,
A nos visitar!
E como num intrépido ato de castidade,
Sufocar o sentimento,
Reconduzi-lo ao interior profundo,
Fora de qualquer ato imundo.
No lábaro imaculado da glória,
Desaranjos justos povoam a memória,
São assemelhados aos astros lumiosos,
Dispostos cabalmente no espaço miticuloso.
Ah! Onde estás tu ó liberdade?
Nos versos panegíricos do lunático,
Nas linhas frias da lei,
No mundo sombrio e fantástico,
Ou na anarquia sem sinceridade.
Pois lhe digo com toda a franqueza,
Munido de total destreza,
E movido pela impávida delicadeza.
A liberdade está dentro de cada um,
É uma conquista individual,
Que transborda, e toma forma no social.
A liberdade é respeito, é expressão,
É o poder do povo imaculado,
Personificada em seus direitos e deveres.