A ORIGEM DOS MITOS 1 & 2
A ORIGEM DOS MITOS I – 3 MAR 2022
A maior parte das chamadas “lendas gregas”
refletem fatos parcialmente históricos,
mas ocorridos séculos antes da chegada
das quatro principais tribos helenas,
quando a terra era habitadas por Lelegas,
Lócrios, Pelascos, Ilotas, sem que os Dórios,
Eólios, Jônios e Aqueus tomassem cada
parte importante do cenário dessas cenas,
depois que a terra fora inteira destruída
pela erupção em Santorini transcorrida
Chuva de cinzas receberam Tirinto,
Micenas e Cnossos, a Cretense,
o próprio Hérakles a ser localizado
nessa Tirinto, em servidão a Euristeu;
que seja em parte esquecido, assim pressinto,
sem que ninguém de fato nisto pense,
mas sobre a Guerra de Tróia, revelado
algo seria dito a Homero, que nos deu
a Grande Guerra, em todo o seu fulgor,
mas esta é a Quinta Tróia, do século anterior.
Sem ser um deus, por certo Hércules existiu
ou, para exatidão, foi mais de um,
ao menos seis por tal nome citados,
não admira a quantidade de seus feitos;
já a Guerra de Tróia, que Homero redigiu,
se refere à Sexta Tróia, sem que algum
dos numerosos combates mencionados
aqui se encontre registrado de outros jeitos,
porque Príamos foi no trono colocado
por Hércules, quando o Grande Ajax foi gerado.
De fato, quando Schliemann descobriu
dessa Tróia sua real localização,
que então supunham fosse bem distante,
mesmo ele com as ruínas se enganou
e esse tesouro, de que ele usufruiu,
o Rei Príamos jamais teve na mão;
e de igual modo, por idéia delirante
atribuíram a Agamemnon a máscara que achou,
sem que se saiba realmente de que rei
representava as feições, que jamais eu saberei.
Ela se achava num estrato inferior
ao dos Helenos que saquearam a cidade,
entre a terceira camada, a quinta ou a quarta,
não há certeza de qual ele a retirou,
mas a pesquisa revelou-nos, ulterior,
que quinze ou mais vezes, na verdade,
foi a metrópole reconstruída inteira e farta,
que outro povo novamente derrubou:
vinte e três estratos foram classificados,
contando alguns primitivamente ali deixados.
A ORIGEM DOS MITOS II – 4 MAR 22
Por certo Troia a passagem controlava
entre o Mar Negro e o Mediterrâneo,
o Helesponto para o Mármara bem estreito;
quem a possuía, poderia permitir,
mediante taxas a quem o solicitava
ou ao contrário, natural o sucedâneo,
impedir que passasse desse jeito;
vinte guerras por motivos comerciais,
foram travadas, não por belezas divinais.
Hércules foi da força armada o comandante,
porém suas tropas eram Minoanos,
ou os Leleges que então a península habitavam,
tudo o mais fruto da imaginação;
essa Gláucia que Hércules levou avante
tinha genes totalmente humanos,
era só lenda que os rios engravidavam,
sendo objetos de grande admiração,
o pai seria qualquer pescador esperto,
que nessas águas a tomou de peito aberto.
Parece certo é que o rei Laomedonte
cobrasse alguns impostos extorsivos
aos mercantes que ao Mar Negro buscavam,
fossem eles Leleges, Lócrios ou Minoanos,
e de algum modo aqui se encontra a fonte
do Cinto de Hipólita e de outros feitos incisivos
que ao próprio Hércules outros demandavam;
de qualquer modo, se realizava feira anual
junto ao Escamandro, fértil terra pluvial.
Mas tudo isso terminou com o terremoto
provocado pela indiscutível explosão
do vulcão de Santorini, que a ilha destruiu
e foi somente no século dezenove
que Arthur Evans escavou lugar remoto,
Cnossos a descobrir em ótima condição,
porque as cinzas recobriam o que então viu;
uma catástrofe dessas nos comove,
mas qual Pompéia, legou-nos um tesouro
e o Labirinto, prisão famosa do homem-touro.
Foram as várias erupções deste vulcão
que provocaram os bíblicos eventos
que o Livro do Êxodo nos descreve,
mas isto é tema de diferente história;
também dos Hititas destruiu a civilização,
que ansiando por fugir destes portentos,
para a Itália imigraram muito em breve,
originando da conhecida Etrúria a glória;
mas sem haver outra tragédia em seus momentos,
não escavamos seus esquecidos monumentos.