Ponteiros...

Passa o tempo

Separado por ponteiros

no tic-tac da solidez,

rostos virados, buscando compreender,

buscando entender, onde tudo se acaba, o fim sem fim não subsiste.

Marca o tempo, em deformidade consigo mesmo

A cada piscar, tudo está diferente, assim como fumaça em decomposição, como névoa rasteira deslizando entre as folhagens, no bosque como pintura de Vicent Van Goog.

Ponteiros girando, sempre em descompasso, cada um por si, buscando a infinita linha de chegada, que não está lá.

O relógio segue batendo, marcando o tempo de cada um, controlando a emoção, a angústia, a solitude a solidão.

A cada passo, cai uma palavra esquecida, cai uma folha de avelã, cai um paradigma fora do contexto, vigiado pelo tempo que se comprime em si mesmo.

Gira a roda do tempo como num parque sem palhaço, apenas como uma roda gigante, em sua trajetória repetitiva, sem graça, quase chata., quase parada, até a próxima engrenagem emperrar e ser corroída pelo tempo.