Mulheres lavadeiras
No varal das imaginações
Mulheres vão pendurando seus problemas
Suas magoas e desilusões
Seus conflitos e seus grandes dilemas
Respingo dos seus sofrimentos
Diante desse sol quente da vida
Não secam assim de momento
Pois são antigas dores retorcidas
De um passado tão presente
Nesse vento que mais parece vendaval
Soprando as vestes de amores ausentes
E tudo mais que se prende nesse varal
E assim, elas vão estendendo esperança
Lavando os corpos e as suas nobre almas
Com o sabão da suas enorme confiança
Espumando a paz e borbulhando a calma
São mulheres lavadeiras
Mulheres do nosso cotidiano
São mulheres guerreiras
Secando seus desenganos