Clandestino
Navegando na nau da poesia
No mar aberto e sem destino
Onde são longos os meus dias
Neste lugar sou um clandestino
O sol neste convés é presente
As águas da vida me invadem
Com anseios tão reluzentes
Clamo pra que as dores passem
Ao longe se vê uma nova terra
Uma nova chance e novo lugar
Onde não haja dores ou guerras
Só um canto novo a se ressoar
Sou estranho neste recanto
E tudo pra mim é um mistério
Tem dias que me afogo em prantos
Tem dias que estou calado e sério
Talvez esse sol me fortaleça
E me dê esperança e outra visão
Que me blinde e me abra a cabeça
E pinte um céu no meu coração.