Preta e Caramelo
A madrugada era fria na varanda
O vento trazia o rocio do mar
Que umedecia as trancas do lar
E lá, eu me acalorava
O outro lado da porta de vidro
Tantas vezes aquecida
Para que seu tempero seja rijo
Escorava uma só vida
Era o sono das duas cadelas
Entrelaçadas pelo instinto
E pelo amor inocente
Que delas se apoderava
A sinergia da Caramelo e da Preta
É o que me fez pensar
Que no girar de uma ampulheta
Tudo pode recomeçar