- Naquela noite!
Naquele quarto aconchegante houve noites e dias de ternura
Encantamento de um amor aflorado no convívio amoroso sadio.
Hoje o silêncio é ensurdecedor, sofrimento e dor sentida. Solidão!
Já não se entendem mais e poucas são as horas calmas juntos.
O corpo estremecido pelo frio do inverno que demorou, mas chegou
Já não pulsa mais aquele esplendor do acasalamento que ali viveram.
Naquela noite os pés se tocaram levemente e daquele gesto acendeu-se,
Ele convicto que tudo havia voltado ao normal se empolgou como garoto
Não se lembrava que havia tomado uma pílula da esperança, será hoje,
Tão azul como o dia que havia se findado. Ousou querer aquele corpo
Nos movimentos lentos e no entusiasmo repentino, ela não demonstrou tesão!
Formou-se um clima de um odor que se espalhava no ar. nunca antes sentido
No vai e vem dos pés aquecidos ela lembrou-se de fatos e não se conteve e
Sussurrou como se fora grito de vitória guardada, "só vou abrir as pernas..."
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