RESSONÂNCIA DO SER

Inconsciente, não o escuto,

Talvez sussurre em murmúrio mudo,

Ou eu esteja surda, perdida no mundo.

Tento calá-lo, com a Razão o sufoco,

Mas a batalha me cansa, é um jogo louco.

Recolho-me ao canto, seguro, acolhido,

Onde a Catarse se expande, livre e viva.

Será que enfim alcancei a liberdade?

Ou parei de lutar contra a verdade?

Os sentimentos dançam, vêm e vão,

Num vai e vem de pura emoção.

Aqui, onde os padrões se desfazem,

Sou quem Sou, sem máscaras que pesam.

Abro a janela, o sol e o vento irrompem,

Lá fora, encontro também meu norte.

Agora estou calma, serena, inteira,

Compreendi o Eu, a essência verdadeira.

Olho para o céu e vejo Esperança,

Talvez passageira, talvez eterna dança.

Mas é minha, só minha, ninguém a toma,

Caminho em sua direção, serena, na soma,

Das flores do campo, caminho aberto,

Sigo, sem medo, na paz por perto.

Tatiana Pereira Tonet
Enviado por Tatiana Pereira Tonet em 03/10/2022
Reeditado em 08/09/2024
Código do texto: T7619442
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