RESSONÂNCIA DO SER
Inconsciente, não o escuto,
Talvez sussurre em murmúrio mudo,
Ou eu esteja surda, perdida no mundo.
Tento calá-lo, com a Razão o sufoco,
Mas a batalha me cansa, é um jogo louco.
Recolho-me ao canto, seguro, acolhido,
Onde a Catarse se expande, livre e viva.
Será que enfim alcancei a liberdade?
Ou parei de lutar contra a verdade?
Os sentimentos dançam, vêm e vão,
Num vai e vem de pura emoção.
Aqui, onde os padrões se desfazem,
Sou quem Sou, sem máscaras que pesam.
Abro a janela, o sol e o vento irrompem,
Lá fora, encontro também meu norte.
Agora estou calma, serena, inteira,
Compreendi o Eu, a essência verdadeira.
Olho para o céu e vejo Esperança,
Talvez passageira, talvez eterna dança.
Mas é minha, só minha, ninguém a toma,
Caminho em sua direção, serena, na soma,
Das flores do campo, caminho aberto,
Sigo, sem medo, na paz por perto.