A dor do ver partir

É um sentir impotente,

Que desestabiliza total.

Quem antes era valente,

Se descobre um mortal.

É uma sensação estranha,

Que foge do compreender.

Numa negra raiva tamanha,

Que não se sabe entender.

É um buraco imenso,

Que não se tem fundo.

Quem era remanso,

É desespero profundo.

É uma noite fria e escura,

Que perpetuam as dúvidas.

Que provoca amargura,

Nas lágrimas negras doidas.

É um gelado esmorecer em luto,

Que confunde os pensamentos.

Quem antes só era razão e bruto,

É a fragilidade dos momentos.

É uma melancolia instantânea,

Que não se sabe mensurar.

Quem antes se via espontânea,

Não sabe como se curar.

É um silencio em loucura,

Que não passa no tempo.

Quem só era alegria pura,

Agora se ver sem campo.

É uma dura circunstância,

Que é um tormento aceitar.

Quem está nela não polícia,

Ainda que se saiba excitar.

É um momento imaginável,

Que se cede a enlouquecia.

Quem só sabia ser flexível,

Agora se ver na intolerância.

É uma dor cruel e insuportável,

Que faz da alma lugar inabitado.

Quem não se via um multável,

Agora se sente um ser acabado.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.

Joabe o poeta
Enviado por Joabe o poeta em 25/09/2022
Código do texto: T7614177
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.