No palco da vida eu atuou
No palco da vida eu atuou.
Quem ver aquele sorriso rosto,
Não imagina a dor que trás no peito,
Disfarça-se a angustia no peito,
Enquanto a farsa continua naquele instante.
Torna-se tortura constante,
Rio que o alaga com tristezas,
Afogado finge estar vivo,
E luta, luta, luta...
Quem ver aquela fortaleza,
Não sabe que ele é personagem,
De sua própria invenção,
Atua para não sofrer...
Tornou-se duro feito rocha,
por que o menino que o tinha,
Dentro de si morreu,
Esperando os festejos da primavera.
Quem ver, não ver nada,
O que sente é intenso,
Luta, atua, para não ver,
Seu mundo cair.
O vendaval dos caos,
Que seu interior esconde-se,
Mar de segredos inavegável,
No palco da vida eu atuou.