DORES DA ALMA

(Uma palavra ao Setembro Amarelo)

Dores a duras penas contidas

De feridas que corroem sonhos

Cobrem com manto da aflição

Sombras de pesadelos medonhos

Quem navega em águas calmas

Com egoísmo umbilical

Desconhece a apneia escura

De um mergulho no abissal

Um socorro insistente buscado

No ponto cego de cada um

Não encontra devido amparo

No senso lógico ou comum

A falta de amor ou dinheiro

Benesses ou dificuldades da vida

Desejos ou visões diferentes

Desprezadas ou reprimidas

Um filme que passa na mente

Precede um desfecho fatal

Mas se fosse percebido antes

Não teria o mesmo final

O olhar de uma palavra amiga

O carinho de uma mão estendida

Compreensão e atitudes simples

Confortam e salvam vidas