É TANTO DINHEIRO EM FAMÍLIA
É TANTO DINHEIRO EM FAMÍLIA
Carlos Roberto Martins de Souza
Vivemos no Brasil um desconforto
Algo hediondo e altamente nocivo
Boçal Nero prefere bandido morto
Mas nada em rios de dinheiro vivo
Roteiro clássico na prática de crimes
Na tão famosa lavagem de dinheiro
Coisa de gente sem ideais sublimes
Que sabe estar mexendo no vespeiro
São modus operandi do nosso Brasil
Usar grana viva virou moda da família
Do presidente um oportunista imbecil
Que fez o covil criminoso em Brasília
O colchão já não faz mais sucesso
Malas viraram uma grande tentação
Elas são marca de gente de sucesso
Que sustentam o mar da corrupção
Dinheiro na mala já não é vendaval
É tempestade que destrói impérios
Ele é a raiz de toda espécie de mal
Ele corrompe até os homens sérios
Diz o Paulinho dinheiro na é vendaval
Na história do nosso Brasil moderno
Na conta da dama Michelle é laranjal
Exemplo carinhoso de amor materno
Grana a granel esconde muita sujeira
Dinheiro na mala não fede ele catinga
Para a família de Boçal é brincadeira
Pois sonha que o crime deles extinga
Sabemos que rios de dinheiro correm
Para um mar de lama da imoralidade
Políticos são os mais a eles acorrem
Fingem ser tudo apenas normalidade
Não se constrói um império financeiro
Com o trabalho justo, honesto e legal
Para ganhar montanhas de dinheiro
Sempre se recorre a um jogo ilegal
Quando um político disser na defesa
Que seu dinheiro é de trabalho duro
Pergunte a ele de quem com firmeza
Pois mentem o sujeito é um impuro
A tradicional família brasileira polida
Compra a casa financiada no banco
De forma honesta sofrida e aguerrida
Ela luta e chega na frente no tranco
Quem guarda suas fortunas em casa
Está acometido de patologia mental
Vai enterrar sua vida numa cova rasa
Aguém vai achar de forma acidental
A ocultação não passa de reciclagem
Da grana lavada pelo mundo do crime
Usam e abusam da suja molecagem
Os corruptos jogam no mesmo time
A lavanderia da família do presidente
O lema todos por um e um por todos
É levado a sério e de forma evidente
Vivem na defesa de seus engodos
O Boçal vendendo-se como ser bom
O próprio tio do churrasco de graça
Finge de bobo no crime ele dá o tom
A família é especializada em trapaça
Tomou um banho de loja numa igreja
Uma tal “Atitude” no Rio de Janeiro
Juntou-se a uma gente que deseja
Ser parceiras do sujeito trambiqueiro
A fantasia de Boçal Nero construída
A base de camisa “pirata” de cristão
Falsificaram o batismo para dar vida
A um monstro covarde um fanfarrão
A grande metamorfose fez o morador
De um condomínio de luxo na Barra
De uma área nobre do Rio de horror
Virar o “capitão do povo” na marra
Os idiotas vão continuar gritando Mito
Fazendo do diabo um santo e protetor
As eleições vão querer levar no grito
Mesmo sabendo que ele é o perdedor
É moda dele tapar sol com a peneira
Minimizar suas trapaças e asneiras
Capetão é o especialista em sujeira
A família e ele só fazem caganeiras
Enquanto isso num caixa eletrônico
Uma gravação atende a classe média
E um alto e sonoro em tom lacônico
Na dinheiro na conta ai que tragédia