DESATENTO
Veja só, não com o olhar, obeserve atentamente sem me enxergar.
Não faz sentido seus olhos estarem abertos se insiste em ignorar.
Qual a importância se sou presença ou mesmo em distância, é o tanto faz que perturba meu ser, meu estar.
Se não consegue me ver, talvez possa me ouvir. Cale-se na ignorância!
Tantas vezes fui tormento naquele merecido descansar, mas também já fui silêncio quando deveria gritar.
Entenda meu desalento sem que eu precise falar.
Diante teus olhos aqui estou, canto sem saber cantar, balanço meus braços querendo atenção.
Demonstre em um gesto sutil ou, em um olhar de repente, apenas piscar.
Não sei o quanto isso faz sentido ou pode ficar pior, não espere para ver quando estiver só.
Se sou pergunta, também não serei resposta.
Talvez não haja mais tempo para refletir o que importa!