Sinto a brisa matinal a arranhar o meu rosto
Vejo os raios do sol a me despertar
Ouço o regorjeio dos pássaros, cantando com gosto
Lembro da dança das árvores e o cheiro do ar
A ida para a escola, perseguindo uma trilha
Passadas ao solo, o chão a empurrar
Uma alegria saudável no olhar que brilha
De um passado recente, que convém relembrar
Uma vontade voraz, que não se pondera
De que o tempo logo passe, para assim, desfrutar
Argumento perdido de alguém que espera
Ser possível ao passado poder retornar
Revirando a memória em busca de lembranças
Das cenas, dos fatos, de coisas que não entendo
Um lapso atual me remete às mudanças
E um tímido sorriso ao entrarmos em setembro