À Margem...

Quantas são as vezes

Só viramos a cabeça

E tão simplesmente

Fingimos não ver

A face desfacelada

Os olhos craquelados

Nos lábios cerrados

Um grito afogado

Quantas vezes...

 

Quantas são as vezes

Aos nossos ouvidos

O som oprimido

A pedir um favor

Desperta horror

E como espada

Fingimos ser nada

O Ser que passou

Quantas vezes...

 

Quantas são as vezes

Que à mão estendida

Atrevida e invasiva

Negamos guarida

Por suja julgada

Já tão calejada

Perdida no nada

A mão a negou

Amor renegou...

 

Espectro da vida:

É ele... Ou, eu sou?

Limaya
Enviado por Limaya em 01/09/2022
Reeditado em 09/09/2022
Código do texto: T7595704
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