MEUS RIOS SUAVES
Meus rios suaves quantas vezes
Me levaram para o mar
Mesmo contra minha vontade
Me agarraram no ar
Conduzindo-me as nuvens
Sem que pudessem parar
Meus rios suaves agora vazios
Sem vidas e sem almas
Se perderam pelos caminhos
Sem rumos alívios sem calma
Agora mortos pelo fogo
Onde se perdem seu jogo
Agora sem forças e sem fôlegos
Respiram ofegantemente
Buscando outros espaços
Sofrendo a morte duramente
É o fim de uma longa vida
Onde tudo morre lentamente.