A hermenêutica dos diversos seres.
Eu morri várias vezes, entretanto, ressuscitei, todavia, não foram reencarnações.
Renascer sempre foi o meu dever.
A minha vida foi e está sendo um eterno desaparecimento, sempre deixando de ser, para poder ser.
A única realidade que preservou em minha pessoa, a etimologia do meu nome.
Motivo qual sempre fui diversos Edjares, morrer é essencialmente saudável, reviver é sobretudo, encantador.
Quem eu sou, não sei responder porque sempre fui diversos, minhas cognições ressuscitavam, renasciam, então fui e sou muitos Edjares.
Em cada tempo, novas sínteses históricas, sempre estou deixando de ser, para poder renascer, a minha vida foi e está sendo um permanente reinício, sou a fluidez da imaginação a construção das recomendações.
É na morte que consigo ser, porém, em consonância com o meu DNA mitocondrial, sou a última das replicações a meu respeito.
O resto a evolução genealógica em retrospeção a primeira célula mater, em proposição aos demais animais, biologicamente sou irmão.
Acho fascinante me matar, a minha cognição destrói sempre ela mesma, em cada instante.
No mundo praxiológico eu nunca fui, pelo fato que em todo momento deixava de ser.
Deste modo, o que sempre fui, tão somente o meu desaparecimento, estou aqui, um novo Edjar.
Se você me perguntar qual é o futuro da minha existência, responderei apenas metamorfose.
Portanto, sou a mimetização cultural das minhas mudanças, quando você olhar para o meu rosto, enxergar o meu inefável sorriso, entenderá que sou outro Edjar.
Deste modo, não sei entender o meu princípio de identidade, porém, sei revelar aquele que ainda não sou.
O constante deixar de ser me leva a minha não existência, este é o meu ser, o que penso não penso, o que entendo não compreendo.
O meu sonho foi sempre poder não ser, estou neste tempo histórico, o meu desejo é morrer, razão pela qual estou renascendo.
Morrerei eternamente até a minha cognição desaparecer.
Edjar Dias de Vasconcelos.