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Tende Piedade Senhor das Marias Molambos

Vítimas dos profissionais ilusionistas da noite

Tende caridade dos recém-nascidos em Beith

Lehem, nas manjedouras de palha, enquanto

Suas mães se prostituem sentadas nos degraus

Em casas à beira-rio, à espera de seus carrascos

Uma ponta de cigarro jogada com displicência

E o fogo tostará a criança em seu leito de palha

Tende compaixão, Sr., da insanidade avoenga

Dos irmãos de sangue, ancestrais satanizados

Frequentadores do Templo de Salomão. Livra

Me da cacografia de caducos Coelhos, literatos

Que contrabandeiam narrativas em livros de bar

Para conversas de bêbados em rodas de cerveja

Eles querem apenas sair da toca, refúgio eterno

Das próprias sombras. Tende empatia com ele,

Aquele Sr. que frequenta a faculdade docente

Em busca da melhor metamorfose, ele berra

Sustenta “O Grito”, deseja definir-se no sexo

Quer ter a afeição e a vivência das mulheres

Ignora agruras que lacrimejam delas, grutas

A verter a descamação do endométrio pitu

Tende dó, Sr. de mim que aqui estou nelas

Nu, na luta por me manter fiel. Fiel: um cão

A uivar para a lua na noite de luar, indefeso

Perdido da matilha, a esticar o pescoço em

Meio à esfera de pedra, ardente, arde a febre

De prata na noite que medra e aumenta ela,

A ansiedade universal carente de tudo. Nela

Vejo o barco de Caronte em meio a gases,

Carros elétricos circulam em frente no asfalto

Em meio à cidadela metrópole de Stonehenge.

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 26/08/2022
Reeditado em 26/08/2022
Código do texto: T7591111
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