Estilhaços
estilhaços
e minha alma é só bagaço e pó
na minha garganta um diacho de um nó
que insiste em não desatar
tá difícil de engolir tanta injustiça
a dor não tem sabor
e de salgado
só as lágrimas
que caem quando a tristeza deságua na gente
e o olho vira enchente
o coração bueiro entupido
meio mundo de lixo
que a gente pensou que tinha jogado fora
agora entopem as minhas esperanças
fazendo tudo desmoronar.