Desconheço pois eu sou
Eu que não sou tempo
Tenho em mim um trovão
Não tenho elemento preferido
E dentro de mim azia existencial
Turbulenta como mar revolto
Dançarina dos ventos fortes
Sem forma fixa como terra
Eu gero cinzas de algum fogo
Me sinto tão absurda e pouca
Inacreditavelmente humana
Tão firmemente orgânica
Atada na ação do tempo