"O Desespero"
Me afogaram nessas malditas mentiras
Tentei fugir ,mas quanto mais submergia afogava nessa escuridão
O orgulho me cegou ao ponto de me destruír por completo
Fiquei preso nesse jogo humilhante
Meus sonhos se afundaram junto com minha lucidez
Sobrando apenas dor e caos
Várias vezes lutei pra avançar
Mais esse ódio me consumia cada vez mais
Tentei me esconder
Mais o desespero renascia e tomava o controle
A escuridão transformava o poço mais raso em profundo abismo
precisei fugir do caos
Dirigi a minha alma para a luz, caminhei em direção à luz
Mesmo cansado
não deixando de refletir
que a vida deve ser serena, suave e plena
Mesmo dilacerada,
procuro ser lanterna para os perdidos
na escuridão, no despenhadeiro
Consolo os reprimidos, ajudo os angustiados
Pois as dores do mundo são cruéis
Eu também estou a mercê dessas crueldades
Mas consigo camuflar a minha dor
Que, na maioria das vezes,
é causada pelos outros
Mas eu entendo
o dia a dia é um corre-corre,
as pessoas ficam sem paciência
E são capazes de magoar
Magoar com palavras e até com atitudes
Às vezes, imperceptíveis
Mas eu entendo
E o meu pranto, os poucos, vira soluço
Prantos com lágrimas, prantos sem lágrimas
Pranto silencioso, introspectivo
Então, ouço uma melodia,
Pego a minha lanterna
E recupero a alegria