A escuridão ainda é dia

Soturnos são os entardeceres desta vida

Daqueles que tecem caminhos sombrios

Atoleimados, todo amargo será por bebida

Após o turno das campas frias sem santuários...

Os sinos vão bimbalhar, escute ainda é dia

O brado furibundo rasga o escuro dos céus

Seguem no juízo os lamentos, aqui a dor adia

Quando o cinzento céu sentenciar os réus...

Neste dia os estros não encontrarão as rimas

Muito menos, os olhares a beleza das flores

A riqueza terrena e sua ciência serão ínfimas

O que vem depois, só lamentações e dores...

Terra e céus passarão, mas suas palavras não

Os anjos serão enviados aos quatro cantos da terra

Reunirá os eleitos de Yahuah e então O veremos

A glória dos céus expressa na terra de boa vontade

Herança de uma antiga promessa que se cumprirá...

Francisco Pereira (Francis Perot)