Contraste

Sou uma religiosa

Sem religião

Sou uma ateia

Cercada de deuses

Sou uma peregrina

Parada no tempo

Sou uma profana

Que embeleza o templo

Sou o riso puro

Na sordidez desmedida

Sou a palavra dada

No silêncio da noite

Sou a ternura plena

Na entranha do vil

Sou a estranha imagem

Do meu próprio desvario