POEMA EM DOR

Sob o olhar atento

Do que por horas denomino plateia

Ela emerge todo seu corpo

Em sua pungência

Seria magnífico, se não fosse trágico

Então, eles bradam em aplausos dementes e seus sorrisos coniventes

Enquanto gotículas de água molha os olhares atentos

Seu coração demanda liberdade

Em grandes aquários marinhos

Aprisionados e tristes

Os gigantes dos mares se debatem

Sob a tutela de que foram salvos e não são capazes de se adaptarem a vida no seu lugar de origem!

Sofisma, sofisma, sofisma!

Cortaram suas nadadeiras, arrancaram seus olhos e castram seu bem maior: liberdade!

Sedativos, choques, castração e o que mais acontece debaixo desse céu azul

Grades, gaiolas, experiências maléficas…

A maldade humana sem limites!

Rodeios, zoológico, tourada, vaquejada, e afins

Cultura, é a sua tutela

Repúdio peremptório

Grita meu poema em dor!

Dedico esse poema a todos os Protetores e para aqueles que entendem que não haverá humanidade, quando não houver mais animais!

Rio, 08/08/2022

jjjjay
Enviado por jjjjay em 09/08/2022
Reeditado em 12/08/2022
Código do texto: T7578360
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