Prisioneiro
Essa insônia maldita me acompanha, me aflige,
nessa noite frias, entre sombras e tristezas anoiteço.
Luto entre pensamentos e incertezas, entre medos,
nessa solidão e destempero, pesa-me o silêncio.
Escrevo meus versos, me confesso, me redimo.
Não quero que todos esses anjos dos homens,
venha perturbar meu sossego, meu deserto.
Tarda a noite plena, sussurrando meus desejos.
Tropeço cada passo nessa solidão que me consome.
Prisioneiro do meu corpo, das minhas dores, amanheço.
Não sei para onde foi meu sorriso de outrora.
Ficou esse sentimento brando, uma solidão desmesurada.
Outras insônias virão em novas noites anunciadas.
Virão novas culpas, novas tristezas e desatinos intensos.
Cuspirei palavras ao vento nesse passar das horas!
Tantas guerras travei entre poesias e arrependimento.
Me recolho ao encontro da noite que me acompanha,
construindo meus silêncios, afogando meus sentidos.
A solidão me amofina, me persegue, me acalanta.
Me redimo dos meus pesares, nessa solidão subverto-me.