*IMORTALIDADE
Procuro e te vejo em mil momentos
nas horas de tristeza estás contrita,
os olhos te procuram e já aflitos
desseca cada encanto onde habitas.
Nasceste sem preparo ou enxoval
foi da necessidade dos encontros,
unindo os rabiscos em um varal
daqui a dacolá nos desencontros,
pedaços de pensares te formavam
voando além fronteiras inquietas
de tantos os saberes se curvarem
o som por fim bradou, veio colheita.
O mundo te abraçou tímido, seleto,
e veio vagaroso em tal silêncio,
o grito sufocado abriu lamento,
passos trôpegos urgiram sapiência.
A força é tão gigante e imortal
levando na algibeira fósforo e tino
que acende o paiol, demo e vestal
se prostram qual romeiro pequenino.
No canto, na poesia, onde estás,
as mãos te louvam, o olhar faminto
bebe cada palavra e o grito assaz
te glorifica “palavra” em teu recinto.
Em cada livro a palavra é convite,
Em cada concurso te louvo alvissareira.
Na boca teu som é música requinte,
ó palavra, és imortal e sem fronteira.
III Premio Literário Cidade Paulista
Procuro e te vejo em mil momentos
nas horas de tristeza estás contrita,
os olhos te procuram e já aflitos
desseca cada encanto onde habitas.
Nasceste sem preparo ou enxoval
foi da necessidade dos encontros,
unindo os rabiscos em um varal
daqui a dacolá nos desencontros,
pedaços de pensares te formavam
voando além fronteiras inquietas
de tantos os saberes se curvarem
o som por fim bradou, veio colheita.
O mundo te abraçou tímido, seleto,
e veio vagaroso em tal silêncio,
o grito sufocado abriu lamento,
passos trôpegos urgiram sapiência.
A força é tão gigante e imortal
levando na algibeira fósforo e tino
que acende o paiol, demo e vestal
se prostram qual romeiro pequenino.
No canto, na poesia, onde estás,
as mãos te louvam, o olhar faminto
bebe cada palavra e o grito assaz
te glorifica “palavra” em teu recinto.
Em cada livro a palavra é convite,
Em cada concurso te louvo alvissareira.
Na boca teu som é música requinte,
ó palavra, és imortal e sem fronteira.
III Premio Literário Cidade Paulista