LABIRINTOS...
Nos labirintos da palavra
Toda palavra circula como sangue pelas artérias
Levando conhecimento, saber dirimindo dúvidas,
Ensejando saberes, estimulando ideais e formatando
A personalidade humana! Por labirintos que desconhecemos
Ela percorre sorrateira pelos canais da razão do senso,
Por onde, vezes e outras comete deslizes com a mentira...
Corre pelas trilhas do ódio e da violência, que se escora
Em essência, o gosto de um absinto, que, pressinto!
Alimento da cultura e compreensão, a palavra se esconde
Pelos labirintos racionais e alhures irracionais na ausência
De sua eficácia, que com audácia constrói e destrói as
Edificações da vida humana. Ela nasce no vulcão do coração!
Confusa, incerta, dúbia, mentirosa, ignóbil, a palavra tem
Uma faca de dois gumes! Benfazeja, verdadeira, amorosa,
Autêntica, orientadora, acolhedora e redentora, a palavra
É a arma, que pelo seu cano pode sair projéteis e amor!
Com clamor ela grita à Justiça! Na hipocrisia tem empatia!
Nos labirintos ela busca a saída para aflorar seus efeitos...
Com ou sem defeitos ela determina como o vetor da vida,
E convida com expressões que remetem às suas ações!
Do poeta a palavra é a espada, que esgrima as letras!
Do político, seu discurso de convencimento!
Do Sacerdote, a homilia redentora da Santa igreja!
Do advogado a defesa que a justiça enseja!
Jose Alfredo