Despir-me
Dispo-me dos meus medos.
Das amarras, me libertei!
Sou um homem nu entre fraturas,
entre imprudências, me refiz.
Agora o tempo liberta dos silêncios.
Sou minhas escolhas, minhas emoções.
Amar é transpor obstáculos ...
De aparências eu me cansei!
Viver entre arremedos e medos?
Não quero mais! Quero ousar!
Quero romper essas amarras.
Me revelar, me instigar e sonhar!
Novos sonhos, novas convulsões,
desconfiar dos amores precários.
Tecer novos horizontes e sentimentos.
Navegar entre minhas escolhas e esperanças.
Imprescindível esses afagos, esses amores,
entre ciladas, incêndios e subversão.
Dispo-me desses amores insanos,
dos meus flagelos, dos meus descuidos.
Quero voar outros voos, entre melodias,
sem barreiras, sem avidez, sem clamores,
reinventando sentimentos e calmarias,
com olhar atento, subverter-me entre esperanças...