Heidegger e Sartre, qual é a verdadeira finalidade da vida.
A vida é breve, uma pequena passagem, a grande verdade foi ensinada por Heidegger, o homem é um ser para morte, sendo a mesma cotidiânica.
Nascemos para morrermos, a grande obra Ser e Tempo, faz parte da existência o desaparecimento, a transformação química do ser na natureza, o que somos em nossa essência genêtica apenas pó químico.
O grande erro de Platão, dividir o sapiens entre matéria e alma, sendo a última tão somente cognição, não espírito como imaginou Platão, o homem é a sua linguagem fruto do seu habitat.
Com efeito, quando o corpo dissolve ao meio físico, a cognição acaba, entretanto, não existe cognição sem corpo, todavia, há o corpo sem a cognição funcionando por meio do instinto.
A Filosofia existencialista de Heidegger me levou ao entendimento do grande livro de Sartre, O Ser e o Nada, após a morte o homem é exatamente o nada porque desaparece, acaba como se não tivesse existido.
Portanto, acreditar em deus é um ato de covardia fundamentada na mais profunda desonestidade, a pessoa não tem fé pois a representação da mesma é a revelação da ignorância.
O individuo confunde ignorância cultural como fenômeno de crença psíquica, deste modo, age por desespero existencial engando a si mesmo, acreditando em deus.
A ressurreição é um mito produto de uma cognição sem substancialidade heurística, se o homem biologicamente é apenas replicação, assim sendo, geneticamente não existe individualidade, ressuscitar quem, pois a realidade biológica é a coletividade.
Do mesmo modo, a reencarnação, a negação do ser replicado, considerando ainda do ponto de vista cultural cognitivo, nunca nasceu outro Platão.
Com efeito, o homem é a sua morte, o seu desaparecimento, o futuro do homem individualmente não é o ser, entretanto, o não ser.
A vida não tem nenhum sentido, a mais profunda ausência de finalidade, existimos pelo fato de estarmos aqui.
Somos produto das replicações contínuas das primeiras células mitocondriais, a eternidade apenas a continuidade da origem primária da vida em um instante presente.
A vida é magnífica, maravilhosa, em razão de não existir sentido para a existência, deste modo, não há pecado, somente crimes determinados por ideologias de Estado.
Assim sendo, não existem proibições, faça o que desejar não desobedecendo as leis porque você terá problemas.
Portanto, em sua individualidade psico analítica seja livre.
Viva a vida e prepare para o seu desparecimento, tal qual é o caminho natural de todas as coisas.
Edjar Dias de Vasconcelos.