A ARTE, MANHA PRIMAL
A ARTE, MANHA PRIMAL
Você talvez não saiba, mas foge da Verdade
Como o diabo foge da cruz. Você canibaliza
A hóstia como se fosse o pão obscuro que o
Cramulhão amassou. P Q as pessoas fogem
De suas verdades mais íntimas, semelhante
Ave a esconder a pequena cabeça impensada
Enquanto o corpo enorme denuncia a farsa:
Seus aportes, sua ortografia de idas e vindas
Escondidas sob o acúmulo de coisas, tralhas
E bagulhos. O corpo vira caminhão de lixo
Amontoando cacarecos na sala de jantar come
Imagens de Tv a cabo. Detritos de não acabar
Mais. Por que sempre correm das verdades
Como o diabo foge da cruz??? Querem a vida
Como se vivessem em corpos de avestruz???
Veem-se no espelho convexo de seus pentelhos.
Educam-se na arte negra de se esconderem
De si mesmos. Sabem que são amostragens
Dos filhos naturais e bastardos de Pandora???
Cultivando, cada qual, o mal da ave avestruz
A fugir de suas verdades como o diabo da cruz
A opção por esconder a fonte da racionalidade
Enquanto seus grandes rabos de foguete se
Envolvem cobertos pelo lençol do espermacete
A imaginação os trai por ter base psicótica
Dispersam o pensar entre um e outro trago
De vodca. Justificam guerra, traição covardia
E morte, como se suas vidas fossem extensões
Da mulher Ayla de Ló, sobrinho de Abraão
No fundo, no fundo, apesar das festas de junho
E dos carnavais, cada um traz a verdade de ser
Um fugitivo de Sodoma. Excessivamente maus
Metamorfoseados em estátuas de sal dos ícones
Visualizados atentamente na tela dos celulares.