POEMA INERTE NITRO-ARGÔNICO 18 💠
O poema,
Caro cidadão!
É uma cuba de chumbo a fermentar seus sonhos químicos
Suas perversões e desatinos
E dois corpos não ocupam o mesmo espaço
Nem um corpo espaços diferentes
Caro cidadão!
A não ser quando ainda está dentro da mente
Mas o momento exato é uma incógnita
O poema,
Caro cidadão!
E inerte feito nitro-argônio
E nitro-argonicamente há de neutralizar toda expectativa dormente
Ele não expele odor nenhum
Também não perceberás nenhuma ação
Enquanto satura o ambiente
desprovendo-o da razão
O poema,
Caro cidadão!
Não serve pra incinerar
Não serve pra encher um pneu de bicicleta
Nem pra nebulização em caso de asma, apnéia ou dispnéia
Mas em caso de afogamento agudo literário
Há de ser sua única medicação
Agora, quieto!!
Um barulho!!
ffhhffhhFFHHFFssSShhHHHHH!!
O POEMA ESTOUROU UMA TUBULAÇÃO E COMECOU A VAZAR!
ESTÁ SE ESPALHANDO, MAS NAO CAUSA SUFOCAÇÃO!!
O poema,
Caro cidadão!
Inflou um balão e subiu pra estratosfera e não tem dia pra estourar.
...
EXTRA! EXTRA!
--- "Poema cai e contamina a biosfera!!!"
12/07/2022
19:16hrs